Visita ao MARGS - França no Brasil


Sexta-feira à tarde, dia 21 de agosto, finalmente eu fui prestigiar a exposição de arte França no Brasil, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, localizado na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. Nas tantas vezes que já fui lá, conheço de cor algumas obras que, sinceramente, gostaria de ter em casa de tanto que gosto como, por exemplo, O Menino do Papagaio, de Candido Portinari, que viveu 1 ano na França, na década de 30, faz parte do acervo do Museu e integra igualmente a exposição.

Logo na entrada um forte esquema de segurança, em que seguranças e Brigada Militar guarneciam o Museu. Para adentrar a Exposição, detectores de metal e revista, tendo no local um guardadouro para objetos como garrafas d’água, câmeras fotográficas ( pois é expressamente proibido entrar com câmeras), entre outros objetos. Lá dentro, observei um Senhor ser abordado por seguranças por estar com caneta e papel fazendo pequenas anotações, pois poderia danificar alguma obra.

Observei que a maioria dos quadros vieram do Museu de Arte de São Paulo – MASP ou de uma Galeria de Lisboa , Portugal, mas não me recordo exatamente o nome. Mas muitas também vieram da França, sendo algumas que não irão mais sair de suas sedes. Nunca tinha visto tantos espectadores como também tantos quadros. E particularmente algumas fases do Serréalism me encantaram, principalmente as mais atuais, da década de 30 em diante. A exposição começava com obras de 1880 aproximadamente, no primeiro andar do MARGS e iam seguindo...

O Surrealismo iniciou na França empolgado pelas as idéias freudianas de interpretação das coisas, incentivando a valorização da fantasia, do sonho, da loucura. É a expressão do pensamento humano, tanto na arte escrita quando na pintura. No Brasil, coincidiu com a Semana da Arte Moderna.

É interessante como conhecemos os traços dos pintores. Quando olhei, logo pensei, Van Gogh por seus traços rabiscados, mas com vida e figura subjetiva, dito e feito, aproximei-me para ver a autoria e era o próprio, tão bonito. Na minha infância, assistia muito a documentários sobre arte e adorava. E desde pequena sempre freqüentei o MARGS, minha mãe me levava. Assim também o foi com Picasso e Miró.

Caminhando e admirando os quadros, percebi que além de vê-los de pertinho, mais interessante ainda é observá-los de longe, quando podemos admirar mais as cores e as formas no contexto. Próximo, vemos suas veias; afastado, seu todo. Mas como estava lotado, pois nunca o vira tão cheio daquela forma e tantos conhecidos ao mesmo tempo, mal dava pra ficar admirando sem interrupções visuais. Engraçado eram os comentários das pessoas. No entanto, pertinentes e até interessantes. Talvez eu é que estivesse deslocada indo sozinha, pois via as pessoas em grupos ou pares.

No segundo piso, as obras eram mais recentes, digo, anos 50 em diante. Pareciam folders digitalizados por computadores modernos, eram muito bonitos. Eram pinturas mesmo. Arte em mãos. Cores fortes. Volta e meia, os seguranças viam me cuidar, acho por eu ser curiosa por demais a tentar ver se estavam cobertas com vidro ( algumas estavam) ou se era o reluzir verdadeiro da tinta óleo, ou por fica lendo quase todos os dizeres sobre os quadros.

Acho que fiquei quase 2 horas lá, mas cansei de ficar em pé e já estava me sentindo sufocada, vai entender. Além, foi um passeio incrível e quero voltar lá de novo essa semana. Olhar os quadros é encontrar também figuras para as histórias dos livros, é dar vida a personagens com roupas antigas. Admiro quem tem a arte de escrever e a arte de pintar, como também de compor. E meu próximo, espero de verdade se tornar próximo, é ir a um concerto musical, pois sou louca por isso. Vale a pena ir ao MARGS e conferir essa exposição se você tem presença de espírito, pois é tudo muito bonito.


Tamirez Paim, 22 de agosto de 2009.

Comentários

Anônimo disse…
Olá Tamirez,

Se a OSPA algum dia voltar a apresentar a 9a. Sinfonia de Beethoven não perca.
É sensacional !!!
Tem a peculiaridade de ser uma sinfonia que se apresenta com um coro de vozes!

Abração e bons estudos,

Mauricio Schneider

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