Quatro

De quatro, passou de quarto em quarto.
Apaixonou-se, ficou com os quatro pneus arriados.
Agora, quer algo quatro por quatro.
Quem casa quer casa. Invade um quarto de cerrado.
A polícia vem de quatro e mete o sarrafo.
Cada um no seu quadrado.
Os quatro vão calados.
O dois menor e o dois maior trabalham das quatro às quatro num botequim na Rua Quatro.
A mãe vende os quartos por meia dúzia de cruzados.
O pai leva os bodes pras donas dos quartos, ganha mesada e de troco ainda sobram quatro centavos.

Tamirez Paim, 26 de agosto de 2009.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lembranças chuvosas...

Filosofias sobre Raves

ÍNDIOS MODERNOS - DIA DO ÍNDIO