Jaz em PAZ gato

A morte é igual a que vi em meus olhos hoje, a morte do corpo que ainda tenta sobrevier, em espasmos involuntários do diafragma buscando um resto de ar, que ainda tem direito no mundo dos espíritos que dão estrutura à matéria do corpo, inconscientemente. Nunca tinha visto este pobre animal/animais que apareceu aqui, mas mais uma vez culpo o homem imbecil que os deixa procriar e os abandona, ou os usa como mercadoria nos balcões das agropecuárias.

Sou contra ao comércio de animais de qualquer natureza, isso já cria por si só aquilo que “presta” , aliás é de marca, daquilo que é “ralé”, tipo os cães de rua, guaipecas, vira-latas, cuscos dos mais variados. É isso... é isso que vejo... os coitados não têm culpa, os verdadeiros cúmplices dessas maldades são as pessoas.

Podem até não gostar do que digo, mas experimente ficar sem comer até sentir a dor da fome, a secura da sede, os arrepios do frio, as dores das feridas, daí um dia tu vai saber o que é certo e errado nessa vida! Já estou farta de tanta negligência, tanta estupidez, não me basta saber que milhares de pessoas não tem o que comer, e tem umas que comem mais do que os olhos podem ver?

Não sei em que mundo certas pessoas vivem... uns são cegos a essas coisas, aliás o problema é dele e não meu. Poupe-me achar que cada família que cuide da sua, já está muito bom assim, bando de infantilidades, aliás o que não me pertence não me diz respeito. Oras, problema é dos outros, enfim, quanto egoísmo.

Não sei onde esse mundo vai parar e até quando irei lutar por meus ideais que são também sociais. Seria de bom tamanho já que as pessoas cultivassem a solidariedade, algumas até com elas próprias.

Fico dividida quando penso que o mundo é uma porcaria, então o que fazer? Tentar abstrair e se cegar de tudo que não é colorido, limpo, magro, rico, cheiroso, cabelo chapado, roupinha passadinha, bandinha de carro, dinheirinho pra festinha, roupinha de marca, cineminha no domingo, ou olhar e ver que o mundo não é só isso que a gente pode comprar, possuir e deixar viver a vida pensando como Fernando Pessoa : Navegar é preciso; viver não é preciso."

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