dia-a-dia

Hoje foi mais um dia daqueles em que no final da tarde meus olhos estão pesados e mal consigo abri-los na claridade. Mais um dia daqueles em que caminho no centro de Porto Alegre e parece o centro da minha cidade onde durmo, porque mais vivo na Capital do que propriamente em Viamão.

Encontro amigos, conhecidos e pessoas de vista. Todas manhãs vejo os mesmos viventes e suas características. Enquanto subo a rua, eles descem. Assim mesmo, todos os dias no mesmo horário. Ninguém se conhece, mas a repetição , ou nos torna familiares, ou nos torna mais impessoais possível.

E sigo meu caminho com minha mochila, minha bolsa na reta-guarda e meu óculos escuro para os dias muito claros. Quando penso que quero me esconder neles, do nada alguém me acha em lugares e situações inóspitas. É difícil se fazer invisível. Até meu caderno aberto é alvo de comentários sobre seu conteúdo. É difícil até de se fazer de esquecida.

Em menos de dois dias começa a festa do povo brasileiro : o Carnaval. E eu apenas tenho idéias vagas do que seria. Se eu fosse criança, teria a certeza de estar costurando ou pregando lantejoulas em alguma roupa que seria a minha fantasia imaginada. Se eu fosse criança, teria a certeza de um Baile de Carnaval, regado a muito brilho e trenzinho. Hoje em dia, como nos últimos tantos, talvez eu dance em frente da televisão com as musas do carnaval! E agora, qual vai ser esse ano?

Ir pro sítio, curtir a vista, os passarinhos cantando, a brisa da grama depois da chuva, o cheiro da terra molhada, o pôr-do-sol. Deitada na grama, observar as estrelas de madrugada onde ainda se pode enxergar a meia-lua do conjunto de astros no céu à meia-noite. Ou ficar por casa, colocar a coleira na Bebê e caminhar com ela e com os outros cães pelo campo perto da minha casa onde dá pra ver uma vista linda de morros e muitas árvores.

Coisa boa é acordar de manhã cedo pra fora, o cheiro da grama depois do sereno, no verão , transmite uma sensação feliz. O pé que fica molhado, quando se está de chinelos, por causa do orvalho. Ou deitar no sofá com os pés pra cima! Tirar um cochilo de tarde. Há! São tantas coisas agradáveis que dá para se fazer! Claro, nesse contexto.

Bom, vou indo!

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