Quem são os terroristas?
Quem são os terroristas?
O terror está solto pelas ruas, pelas capitais , por grandes aglomerações humanas, pelas redes de transportes, pelos madeireiros, pelos fundamentalistas islâmicos, pelos assassinos em série, pelos traficantes de entorpecentes, pelos ladrões de carteira e de dinheiro público, pelos seqüestradores, pelos políticos ditadores em países sem democracia, pelos policiais vendidos, pelos juízes comprados, ou seja, por muitos que transcendem o modelo árabe-fundamentalista-islâmico. A minha lista de sugestões pode aumentar ainda mais para os terroristas que assombram nossa imaginação e matam muitos e muitas coisas no decorrer de suas existências. Por isso, definir com exatidão quem são esses maléficos indivíduos é uma tarefa que até na Academia é muito discutida por tentar se definir com precisão tamanha complexidade.
Antes de pensarmos nos grandes atentados mundo afora, porque não concentramos o terrorismo diário ao qual enfrentamos todos os dias. Quem dorme em paz numa casa que não tem grades? Quem dirige tranqüilo em ruas escuras e sem movimento? Quem saca dinheiro no banco sem temer ser roubado porta afora? Quem não tem medo dos maus motoristas? Quem não tem medo do câncer de pele provocado pelo imenso buraco na Camada de Ozônio? Quem não fica com o coração acelerado com a música do Plantão da Globo em momentos inóspitos? Isso que acabei de citar são meros exemplos que envolvem a mídia, o meio ambiente, o governo, o poder de polícia, as leis e, evidentemente, o próprio homem. No entanto, já são todos relatos banais e comuns, que ninguém mais se importa ou entende relevância nessas feridas sociais.
Um outro tipo de terrorismo que pode existir é quando o praticamos em nós mesmos. Quero dizer o seguinte: quando amarguramos tensões, humores depressivos ou idéias negativas, quando armazenamos impressões maléficas dentro do nosso sistema orgânico sapiens. Ao permitirmos tal produção sem a capacidade gestora de nossos pensamentos, somos terroristas para nós mesmo. Limitamo-nos a ser pessoas saudáveis mentalmente. Ruminamos acontecimentos marcantes que de alguma forma tatuaram traumas em nosso caráter e personalidade que podem vir a nos deixar pessoas tristes, amarguradas e frustradas no nortear das nossas decisões e memórias.
Quem são os terroristas? Muitas vezes nós mesmo, quando praticamos o terror mental. Outras tantas, diariamente, na nossa vida cotidiana no teatro social. Esporadicamente, em tragédias a milhares de quilômetros de nós. Podem possuir diversos modelos, exportados ou importados, como também, tipos artesanais caseiros. Por isso, terrorismo é e continuará sendo uma surpresa detestável, em ocasiões que desestabilizam a sociedade atingida, ou um vizinho suportável, aliás a política da boa vizinhança ainda prevalece no dia-a-dia das pessoas.
Viamão, 17 de janeiro de 2009.
Tamirez Paim
O terror está solto pelas ruas, pelas capitais , por grandes aglomerações humanas, pelas redes de transportes, pelos madeireiros, pelos fundamentalistas islâmicos, pelos assassinos em série, pelos traficantes de entorpecentes, pelos ladrões de carteira e de dinheiro público, pelos seqüestradores, pelos políticos ditadores em países sem democracia, pelos policiais vendidos, pelos juízes comprados, ou seja, por muitos que transcendem o modelo árabe-fundamentalista-islâmico. A minha lista de sugestões pode aumentar ainda mais para os terroristas que assombram nossa imaginação e matam muitos e muitas coisas no decorrer de suas existências. Por isso, definir com exatidão quem são esses maléficos indivíduos é uma tarefa que até na Academia é muito discutida por tentar se definir com precisão tamanha complexidade.
Antes de pensarmos nos grandes atentados mundo afora, porque não concentramos o terrorismo diário ao qual enfrentamos todos os dias. Quem dorme em paz numa casa que não tem grades? Quem dirige tranqüilo em ruas escuras e sem movimento? Quem saca dinheiro no banco sem temer ser roubado porta afora? Quem não tem medo dos maus motoristas? Quem não tem medo do câncer de pele provocado pelo imenso buraco na Camada de Ozônio? Quem não fica com o coração acelerado com a música do Plantão da Globo em momentos inóspitos? Isso que acabei de citar são meros exemplos que envolvem a mídia, o meio ambiente, o governo, o poder de polícia, as leis e, evidentemente, o próprio homem. No entanto, já são todos relatos banais e comuns, que ninguém mais se importa ou entende relevância nessas feridas sociais.
Um outro tipo de terrorismo que pode existir é quando o praticamos em nós mesmos. Quero dizer o seguinte: quando amarguramos tensões, humores depressivos ou idéias negativas, quando armazenamos impressões maléficas dentro do nosso sistema orgânico sapiens. Ao permitirmos tal produção sem a capacidade gestora de nossos pensamentos, somos terroristas para nós mesmo. Limitamo-nos a ser pessoas saudáveis mentalmente. Ruminamos acontecimentos marcantes que de alguma forma tatuaram traumas em nosso caráter e personalidade que podem vir a nos deixar pessoas tristes, amarguradas e frustradas no nortear das nossas decisões e memórias.
Quem são os terroristas? Muitas vezes nós mesmo, quando praticamos o terror mental. Outras tantas, diariamente, na nossa vida cotidiana no teatro social. Esporadicamente, em tragédias a milhares de quilômetros de nós. Podem possuir diversos modelos, exportados ou importados, como também, tipos artesanais caseiros. Por isso, terrorismo é e continuará sendo uma surpresa detestável, em ocasiões que desestabilizam a sociedade atingida, ou um vizinho suportável, aliás a política da boa vizinhança ainda prevalece no dia-a-dia das pessoas.
Viamão, 17 de janeiro de 2009.
Tamirez Paim
Comentários
Acho que você fez a pergunta chave de todo esse assunto: quem é o terrorista?
Como você mesma disse, ninguém sabe ao certo definir o terrorismo, portanto não vou ser presunçoso a esse ponto. Mas uma coisa posso dizer: muitas vezes as autoridades legais, aquelas fardadas e que dizem existir para nos proteger e servir cometem atos de terror, verdadeiras monstruosidades. E como toda ação tem uma reação, um dia os monstros aparecem, e esses são taxados de "terroristas", como se fossem vilões de um épico medieval...
Enfim, ótimo texto, parabéns! Continue assim Tamirez!
Um beijo!
Parabéns pela reflexão Tamirez!