Mundo do Trabalho - Côlonia e República no Brasil dos Trabalhadores - Parte I
O trabalho, a escravidão e o mundo dos operários, no início da industrialização, distinguem as relações de trabalho em diferentes épocas no Brasil – Colonial e Republicano -, no entanto, apresentam inúmeras características desde a mentalidade, na sua natureza social, quanto à estrutura de hierarquização entre negros escravos/libertos até o período pós-abolição.
O início da industrialização e a abolição da escravatura trouxera mão-de-obra do campo liberada para as cidades, formando um mercado de trabalho com superabundância de oferta. E, na medida em que o afluxo de imigrantes chegava para reforçar o contingente de libertos e a melhoria de condições de higiene, evidenciava-se o liberto como um indivíduo despreparado para a vida em sociedade, criando divisões raciais e nacionais profundamente enraizadas na mentalidade popular.Durante a Colônia, o elemento crucial na manufatura do açúcar foram os escravos, com as condições de vida e trabalho explicando a origem da sociedade que brutalizava o escravo brasileiro com má alimentação, vestuário e habitação.
A nova organização do trabalho parecia esconder antigas características do trabalho escravo da produção açucareira. A relação patrão-empregado previa o paternalismo – tal como um senhor de engenho-, como uma autoridade-patrão, possuindo métodos para que o trabalhador desempenhasse suas tarefas. A idéia de proteção do trabalhador estava enraizada no dueto “direitos e deveres”, ou seja, uma forma disfarçada de amenizar os excessos de exigências patronais. Por força de um contrato entre as partes, no caso de faltas graves ou faltas leves, poderiam ser aplicadas punições sem necessidade de ir a juízo, sendo uma forma de socializar o liberto e lhe dar moralidade.
O regime escravista, em contraposição do processo de socialização do liberto pelo trabalho, agia de forma brutal – aplicava maus tratos aos cativos pelo domínio de força física ou por punições extremas. O escravo, que ainda padecia de fome, possuía um trabalho penoso e extenuante, com a ameaça ou aplicação de castigos físicos. Mesmo que existissem leis protegendo os escravos, eram facilmente burladas pelas autoridades, em virtude de proteger a honra do Senhor de Engenho. Isso resultou numa patologia entre os negros e mulatos porque os deixou despreparados para o trabalho livre, sendo possivelmente um fator responsável pelo isolamento e pela subordinação social dos abolidos no período pós-abolição.
Bibliografia de Apoio : ( a colocar)
Tamirez Paim
O início da industrialização e a abolição da escravatura trouxera mão-de-obra do campo liberada para as cidades, formando um mercado de trabalho com superabundância de oferta. E, na medida em que o afluxo de imigrantes chegava para reforçar o contingente de libertos e a melhoria de condições de higiene, evidenciava-se o liberto como um indivíduo despreparado para a vida em sociedade, criando divisões raciais e nacionais profundamente enraizadas na mentalidade popular.Durante a Colônia, o elemento crucial na manufatura do açúcar foram os escravos, com as condições de vida e trabalho explicando a origem da sociedade que brutalizava o escravo brasileiro com má alimentação, vestuário e habitação.
A nova organização do trabalho parecia esconder antigas características do trabalho escravo da produção açucareira. A relação patrão-empregado previa o paternalismo – tal como um senhor de engenho-, como uma autoridade-patrão, possuindo métodos para que o trabalhador desempenhasse suas tarefas. A idéia de proteção do trabalhador estava enraizada no dueto “direitos e deveres”, ou seja, uma forma disfarçada de amenizar os excessos de exigências patronais. Por força de um contrato entre as partes, no caso de faltas graves ou faltas leves, poderiam ser aplicadas punições sem necessidade de ir a juízo, sendo uma forma de socializar o liberto e lhe dar moralidade.
O regime escravista, em contraposição do processo de socialização do liberto pelo trabalho, agia de forma brutal – aplicava maus tratos aos cativos pelo domínio de força física ou por punições extremas. O escravo, que ainda padecia de fome, possuía um trabalho penoso e extenuante, com a ameaça ou aplicação de castigos físicos. Mesmo que existissem leis protegendo os escravos, eram facilmente burladas pelas autoridades, em virtude de proteger a honra do Senhor de Engenho. Isso resultou numa patologia entre os negros e mulatos porque os deixou despreparados para o trabalho livre, sendo possivelmente um fator responsável pelo isolamento e pela subordinação social dos abolidos no período pós-abolição.
Bibliografia de Apoio : ( a colocar)
Tamirez Paim
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