erudita solidão

Caminhava pelas ruas escuras daquele mundo erudito, seus sentidos o levavam ao caminho delinear corpóreo daquela mulher . Não havia escolha, seu organismo desejava arduamente a provocação dos seus sorrisos nus. Os seus fios a bailar como o revoar nas folhas da primavera ventosa. Era noite. Era doído. Era a neblina a cair e a subir o ressonar das mágoas sublinhas .


Era todo encarnação - propósitos indiscretos da juventude. Sentia a raiva secreta da mentira. O medo profundo dos seus temores. As possibilidades extinguiam-se. Os corvos já caminhavam ao lado seu. Ela era a causa mórbida da desgraça. Era algo secreto na imensidão da visão. Poderia ver o mundo, mas não desejava vê-la na consciência madura dos seus instintos.


Seus passos se alargavam pelos pedregulhos do cascalho. A luz amena refletia a sombra das grandes árvores. Pensava nos desvarios travessos praticados no culme do alvorecer vazio da sua paixão solitária - reflexo dos atos insolentes eivados de receio amargo de vergonha. Fosse lá quem fosse, não estaria arrependido, mas a dor das suas idéias eram como ácido no músculo forçado – estava sobrecarregado – latente vazio noturno.


Diminuía a velocidade dos seus passos, animais noturnos lhe acompanhavam, insetos em nevoeiro dançavam em torno da luz amarelada dos postes. As casas iam apagando suas janelas. As chaves iam fechando portas.

Comentários

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Anônimo disse…
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Rope,Twine

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