Timidez militante
A Tímida Campanha Política
As pessoas estão neste ano de campanhas políticas mais retraídas. Poucos são os que exibem suas bandeiras em carros, nas portas de casa. Poucos falam aos outros sobre política ou do seu candidato preferido tentando coagir e convencer ser uma boa opção na urna em outubro . As pessoas estão envergonhadas de se expor ao ridículo em virtude da crise de identidade política que o Brasil enfrenta.
Numa cidade como Viamão, por exemplo, que tem quase 200 mil habitantes... só vejo um partido de bandeiras exibindo ao público consumidor (porque a política virou mais um jogo de marketing) na saída da cidade. Não sei se estou fazendo uma análise contraditória, mas vejo muito pouco mesmo politicagens por aí, só as velhas caras marcadas.
Trocando idéias com um camarada de São Paulo ( Obrigada Alexandre!) da PUC de lá a respeito do debate entre os candidatos de SP à Prefeitura, ele me trouxe à memória um fato asqueroso. Certo dia assistindo o noticiário sobre as opiniões dos eleitores sobre os candidatos a prefeitura de SP, vi lá em quarto lugar Maluf! O que é isso? Quem são essas pessoas que estão à margem da informação? Como pode um sujeito desses estar em tão boa colocação, tendo em vista a numerosa cidade que é SP!
Não é apenas porque a lei - o que acho estritamente ótimo – proibir aquela sujeirada toda que faziam na cidade com propagandas políticas, mas as pessoas estão sim mais retraídas, mais receosas de “colocar a mão no fogo” e sobrar pra elas a “batata–quente”.
Um termo ótimo que um ex-professor meu de política falou e que sempre uso como a mais irônica passagem é associar o Brasil ao “Reino da Corrupção”, não lembro se foi se referindo ao Brasil, mas acredito que sim que ele veio a falar.
A palestrante do MST , hoje na UFRGS, falou uma coisa bem interessante que vem a confirmar isso tudo: o MST não está abraçando nenhum candidato e nenhum partido oficialmente nessas eleições.
É isso aí ... importante processo político ... depois só daqui a 4 anos!
As pessoas estão neste ano de campanhas políticas mais retraídas. Poucos são os que exibem suas bandeiras em carros, nas portas de casa. Poucos falam aos outros sobre política ou do seu candidato preferido tentando coagir e convencer ser uma boa opção na urna em outubro . As pessoas estão envergonhadas de se expor ao ridículo em virtude da crise de identidade política que o Brasil enfrenta.
Numa cidade como Viamão, por exemplo, que tem quase 200 mil habitantes... só vejo um partido de bandeiras exibindo ao público consumidor (porque a política virou mais um jogo de marketing) na saída da cidade. Não sei se estou fazendo uma análise contraditória, mas vejo muito pouco mesmo politicagens por aí, só as velhas caras marcadas.
Trocando idéias com um camarada de São Paulo ( Obrigada Alexandre!) da PUC de lá a respeito do debate entre os candidatos de SP à Prefeitura, ele me trouxe à memória um fato asqueroso. Certo dia assistindo o noticiário sobre as opiniões dos eleitores sobre os candidatos a prefeitura de SP, vi lá em quarto lugar Maluf! O que é isso? Quem são essas pessoas que estão à margem da informação? Como pode um sujeito desses estar em tão boa colocação, tendo em vista a numerosa cidade que é SP!
Não é apenas porque a lei - o que acho estritamente ótimo – proibir aquela sujeirada toda que faziam na cidade com propagandas políticas, mas as pessoas estão sim mais retraídas, mais receosas de “colocar a mão no fogo” e sobrar pra elas a “batata–quente”.
Um termo ótimo que um ex-professor meu de política falou e que sempre uso como a mais irônica passagem é associar o Brasil ao “Reino da Corrupção”, não lembro se foi se referindo ao Brasil, mas acredito que sim que ele veio a falar.
A palestrante do MST , hoje na UFRGS, falou uma coisa bem interessante que vem a confirmar isso tudo: o MST não está abraçando nenhum candidato e nenhum partido oficialmente nessas eleições.
É isso aí ... importante processo político ... depois só daqui a 4 anos!
Comentários
Sua observação sobre a participação dos brasileiros nas eleições é boa, mas permita-me complementá-la. Não se trata apenas de timidez, mas de desencanto. Depois de tantas frustações, o povo brasileiro começa a perceber que os partidos políticos e os processos eleitorais não são os meios para se alcançar as mudanças sociais tão desejadas. O importante não é a omissão em relação à eleições, é preciso lembrar que a democracia é muito mais que escolher alguns candidatos de 2 em 2 anos.
Em última instância, é a soberania popular que define os rumos numa democracia. Basta ao povo descobrir como usá-la.
Mesmo assim, um ótimo texto, parabéns pela perspicaz observação!
Beijos do Planalto
Abração e obrigada pela inclusão aí de idéias. BEijos!!!!
Acho que isso reflete a mudança de interesses dos tempos atuais, o que importa agora é o bem estar individual, e não coletivo. Acho que é por aí a coisa.