Que saudade da aurora da minha alegria, da minha contagiante perfeição dotada de milhares de erros. Quanto tempo faz, que da sinceridade do olhar, eu notara refletido, no âmago da tua realidade, nossos sonhos de fantasia. Agora, plena de tanta incerteza, vivo rodeada dos devaneios atrevidos, testada até o último pleito da coragem e desejada por aqueles que me fazem só mais uma figurinha brilhosa do seu álbum de mentirinha.
Quão difícil é suportar as virtudes de ser sozinho. Procurar na escuridão o desconhecido e aguardar na janela a ilusão do compromisso . Dói tanto não ter certeza e viver submersa nas dúvidas, que sucumbem a alma e despreparam o espírito.
-“Tudo continua a mesma coisa, não te preocupas, cara amiga, as coisas se trocam , mas continuam as mesmas”.
- No entanto, como pode acontecer isso, se dentro de mim tudo borbulha e nada faz sentido?
- Dê tempo ao tempo...amiguinha...mas não espere a volta para ser atendida.
Chamo-me Saudade!
Tenho algum tempo de vida já... tanto do presente quanto do passado...
Comentários
Fenomenal seu texto! Clarice Lispector não teria feito melhor!
"A palavra 'saudade' só existe em português, mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência."
Uma ótima semana pra você!
Beijos do Planalto!
PS:hoje é terça-feira...nos vemos em uma semana!