HAITI

Venho hoje aqui declarar a minha extrema tristeza com o que aconteceu e com o que se prossegue nesse momento no Haiti - país devastado por inúmeras desordens sociais e por esse terremoto de magnitude catastrófica.

É muito complicada a situação de emergência que o povo haitiano está enfrentando. Agora, no momento em que escrevo, pior do que não ter o que comer, sentir sede, ser acometido por dores - físicas e emocionais -, é ouvir o chamado da vida debaixo dos escombros sem muito poder se fazer e apenas esperar por ajuda. Isso é muito triste.

As pessoas continuan vivas debaixo dos destroços de prédios: muitas clamam por ajuda. O povo haitiano de mão em mão retira pedaço por pedaço na busca por seus entes queridos ou qualquer um que peça ajuda. A situação é desesperadora.

A ajuda humanitária internacional começa a chegar em peso dentro do Haiti, mas - ainda sim- parece ser pouco frente a toda situação caótica que começa a ser divulgada pela mídia nacional e internacional. E a cada momento a situaçao piora.

Os corpos começam a entrar em decomposição pelas ruas e dentro dos escombros. A logística de alimentos, de remédios e de água começa a ser organizada, mas as pessoas ainda não tem acesso imediato a tudo isso, pois não há - dentro do Haiti - planos de emergência em casos desse tipo.

O prédio da missão das Nações Unidas ruiu com todos dentro também, mais de 150 agentes diplomáticos.

Deixo também aqui  uma mensagem de apoio ao meu amigo haitiano Steeve. Que ele possa logo receber notícias positivas de seus familiares no Haiti.