“Perder o sono cria responsabilidade.”

Certo dia na aula de Antropologia, o professor disse uma frase que guardei na memória: “Perder o sono cria responsabilidade!”. E lembrei da aflição que eu havia sentido na noite anterior que era a entrega do trabalho no prazo previsto para o dia posterior e que eu não havia feito ainda.
As cobranças em relação a nós podem ser cruéis, pontuais, responsáveis, tranqüilas e nervosas. Quando colocamos limites e prazos em nossos deveres e vontades, tornamo-nos mais responsáveis pelo resultado dos nossos atos. Temos vontade de realizar com sucesso aquela cobrança interior que estabelecemos a nós mesmos. Com a sensação de plenitude e de satisfação do mérito na conclusão das nossas metas, o alívio da consciência limpa ao deitar no travesseiro para dormir vem ao nosso encontro com o gozo da vitória .
Não só em trabalhos escolares, como eu citei acima,mas na vida cotidiana, quantas vezes perdemos o sono justamente pela cobrança excessiva, externa e interna, do meio em que vivemos? Quantos obstáculos nós depositamos no caminho dos nossos sonhos, sem notar, pela pesada carga de exigências? Estudar mais, namorar menos, ler mais, exercitar o corpo? Porque nos cobramos tanto? Temos certeza absoluta daquilo que queremos? Ou, isso é fruto do meio em que vivemos?
As metas , para o bom planejamento do futuro, são de uma importantíssima condução nos diversos rumos que o mundo nos possibilita. Porém, acredito que cobranças excessivas não são saudáveis. Algumas podem causar angústias profundas quando não concebidas. Por isso, é importante balancear qual a melhor estratégia para determinado momento da sua vida na qual pretende colocar à prova.
Eu , particularmente, já me cobrei das mais variadas coisas e situações: estudar mais, acordar mais cedo, ficar menos tempo na Internet, ir ao cinema, ajudar mais nas tarefas domésticas, passar num concurso público, comprar minha casa, falar outros idiomas fluentemente, ser escritora ( o que eu acho lindo) etc. Mas são tantas coisas que me perco no caminho! Poderiam ser também coisas mais simples, mais complexas...a verdade é que tanto faz você desejar o que tem vontade pra si, porque somos apenas nós no mundo e igual a nós mesmo , não existe mais ninguém.
Por isso, a questão que o autor do livro “Advertências a mim Próprio”, Norman MAiler, levanta é a de que , em síntese, precisamos nos regrar a fim de conseguir conviver melhor com nós mesmos. Assim, a reflexão interna e o planejamento racional do nosso cotidiano nos levam a um estado de consciência elevado e , conseqüentemente, a concretização dos nossos objetivos dos mais simples aos mais audaciosos.

Comentários

Heloisa Lemmertz disse…
Tamirita!!!
MTOOOO bom teu blog e adorei teu texto viu?!?!
beeeijos

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