POEMA - Girassol sem sol!
Girassol sem sol .
Amigo dos ratos e pombos,
Entre escarros e rostos.
Pessoas e cães!
Migalhas de pães!
Elas passam;
Algumas param;
Outras esquecem.
São as pressas!
São pessoas da vida.
Violetas rouxas.
Ficaram pretas, podres, mortas!
Murchas como o girassol sem sol
No Centro, bairro de um montão,
Que habita só o nicho da solidão.
É um girassol sem sol.
Sobrevivente
Sem gostas de chuva.
Frio, muito frio.
Sozinho, solitário,
Sem abraços,
Sem amigos.
Só, o girassol sem sol.
Murcho, único,
Ao lado do concreto,
Sobre a grama rasteira,
Sub perante a vida humana.
É ele ali.
Pobre planta.
Pobre homem.
Sujo e poluído.
Não conhece as notas.
Não sabe a música.
Vê as cordas
Que enforcam os sonhos.
Hó! Pobre girassol.
Que fazes aí tão só!
Murcho, triste.
Sem forças para olhar pro Sol...
Tamirez Paim
Porto Alegre, 3 de junho de 2009.
Amigo dos ratos e pombos,
Entre escarros e rostos.
Pessoas e cães!
Migalhas de pães!
Elas passam;
Algumas param;
Outras esquecem.
São as pressas!
São pessoas da vida.
Violetas rouxas.
Ficaram pretas, podres, mortas!
Murchas como o girassol sem sol
No Centro, bairro de um montão,
Que habita só o nicho da solidão.
É um girassol sem sol.
Sobrevivente
Sem gostas de chuva.
Frio, muito frio.
Sozinho, solitário,
Sem abraços,
Sem amigos.
Só, o girassol sem sol.
Murcho, único,
Ao lado do concreto,
Sobre a grama rasteira,
Sub perante a vida humana.
É ele ali.
Pobre planta.
Pobre homem.
Sujo e poluído.
Não conhece as notas.
Não sabe a música.
Vê as cordas
Que enforcam os sonhos.
Hó! Pobre girassol.
Que fazes aí tão só!
Murcho, triste.
Sem forças para olhar pro Sol...
Tamirez Paim
Porto Alegre, 3 de junho de 2009.
Comentários
Triste pensar que muito do que você escreveu sobre o girassol vale para muitas pessoas (as vezes até para nós mesmos)...
Continue assim Tamirez!
Beijo