Reflexões Voluntárias I


Pois bem, chega o momento, depois de uma fase de exaltação obrigatória do espirítico, como refúgio de acontecimentos desagradáveis, em que bate a nostagia ou a falta de alguma coisa. Primeiramente, como uma ansiedade desmedida; a posteriori, uma fome incontrolável, como se nada satisfazesse o seu próprio eu. Então, surge uma memorável alternativa: a válvula de escape.

Ela pode ser espontânea ou pensada. Como assim? A espontânea, que já é traduzida pelo próprio termo, surge ao acaso e vem com uma programação sugestiva. Você aceita e vai se divertir, aproveitar o momento. Aliás, nada como uma bela oportunidade nova. Assim, você fica embriagado de uma contagiante vibração de sucesso. Ponto - até que você retorna ao começo. Aliás, o caminho de volta é por um lado bom , por conta do descanso; por outro lado dissonante, devido ao fim da programação de escape. Portanto, novas horas anunciam-se sem ter o que fazer, até recriar um no campo de alternativas.

Você fica pensando como algumas pessoas retomam tão rápidas as formas simples de vivências, talvez compromissos, namoricos, paixões, enquanto outras ficam tão enebriadas desse tumulto que se perdem em pensamentos (como a chamada Síndrome do Pensamento Repetitivo), entre outras que podemos explorar futuramente. Qual é o pulo do gato? Qual é a questão? Porque respostas tenho várias, mas qual é a pergunta certa que encaixa com a tese correta? Tenho me questionado a respeito...

Tentar encontrar o fio condutor é complexo, quando você tenta contar com a sorte e tenta manipulá-la. Enfim, penso se há a necessidade de fazermos revoluções internas? Em qual lugar está a nossa liberdade fluída? Aquela que nos permite arriscar? Sinceramente, complicado. E quem diz que ela anda solta por aí, basta querê-la! Perdôe-me, não acredito! Comprove-me, quem sabe eu também não desfrute dessa doce dádiva!

Falando em dádivas, voltemos ao início, sobre o desânimo e a fórmula de escape. Talvez a questão nem seja o outro, mas o eu. Se você se ocupa de abraçar o mundo, não com os braços , pois são curtos, mas com as pernas também, veja bem, como você vai caminhar por aí com tamanho peso na mente, com tamanhos compromissos com a tua própria palavra? Eis a chaga das pessoas muito éticas - envolvimento completo com suas propostas. Daí a dádiva de viver fica reprimida, abandonada, de cantinho e esquecida. Lá se vão os meses...

É muito cedo ainda para eu poder concluir meus pensamentos. Mas vai a reflexão...

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