Trânsito Gaúcho


Todos os dias em nossas páginas de jornal, em nossas notícias no rádio ou na televisão, em nossas conversas informais entre amigos e familiares, o assunto fatalidades no trânsito está presente e respinga lágrimas de saudade dos familiares, de imprudência, de negligência, de imperícia dos condutores. Não cansamos de contar história novas ou ouvi-las: Quem morreu? Quantos? Nossa! Tão novos! Colisão? Passou o sinal vermelho? ...

No entanto, mesmo com todos esses fatos verídicos sobre o trânsito, a consciência do cidadão motorista parece estar cega às regras, ao bom-senso no uso do direito de conduzir veículos e ao respeito à vida do outro ser humano que – assim como quem causa o acidente ou comete a impunidade – é frágil também perante à barbárie das colisões e dos metais retorcidos.

Sozinho, o Estado Democrático de Direito - no uso do seu poder de coação do cidadão, o qual abusa do direito concedido para dirigir seu veículo automotor nas ruas de nossas cidades , uma via pública e não de usufruto particular - não consegue alterar para negativo o número crescente de vítimas e de mortes no trânsito gaúcho como também nacional.

Ficamos a pensar em que lugar está o defeito de toda essa situação absurda que vemos literalmente todos os dias, se é no cidadão imprudente, se é na falta de mais punidade do Estado ao infrator, se é a falta de uma rigorosidade de educação no trânsito nas escolas, se é a falta de bons exemplos dos pais – quando estão dirigindo – aos filhos?

Algumas multas, referentes a alguns artigos específicos do Código de Trânsito Brasileiro, são constantemente aplicadas aos cidadãos infratores pelos agentes de trânsito e pelos radares como, por exemplo, dirigir em alta velocidade, dirigir sem ser habilitado, dirigir sob a influência de álcool, praticar manobras perigosas, dirigir falando no celular, etc. Mesmo assim, com tanta divulgação na mídia, com tanta notificação de autuação de infração no trânsito sendo expedida diariamente e chegando à casa do cidadão, a consciência da sociedade em geral parece ignorar tais atitudes imprudentes ( quando estão a dirigir ) e que, na maioria das vezes, se não quase sempre, são a causa e a conseqüência de tanta mortalidade no trânsito.

Por isso, devemos nos questionar - ao assumirmos a direção de um veículo - se estamos sendo prudentes em relação à nossa própria vida, à de nossos familiares caronas e à de nossos vizinhos motoristas e pedestres. Porque, se nossa atitude pessoal não mudar no ato de dirigir para uma consciência coletiva e cidadã pela preservação da vida, lamentaremos a morte de muitos amigos e familiares por descuidos imprudentes e fatais.

Dirigir pela vida e pela paz no trânsito é muito melhor do que acelerar o carro e chegar a um destino trágico.

Tamirez Paim

Comentários

Esse problema é terrível no Brasil... Já perdi parentes queridos pelos embecis do trânsito... Querem proibir o porte de armas de fogo, mas se esquecem que dar (isso quando não é comprada) habilitações ao extraordinário número de imcompetentes e imprudentes motoristas pode ser muito mais fatal... Pelo menos o é aqui no Brasil...
Uma pena...

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