Orelhão ambulante
"O pior cego é aquele que não quer enxergar", reflete o velho dito popular. Absurdo é ver pessoas ignorarem o alheio - individualismo ao extremo. Um exemplo simples foi um fato que observei hoje no ônibus enquanto eu ia a caminho da aula.
Agora alguns ônibus do transporte público em Porto Alegre possuem telefones públicos agregados aos ônibus dentro dele. Num dos buracos da Av. Ipiranga, o tropique que o ônibus deu fez o telefone desprender-se da sua base e ficou pendurado. As primeiras duas pessoas que estavam no seu lado, olharam e olharam e fizeram de conta que não tinham visto o aparelho pendurado e o deixaram ali.
Logo em seguida, outras duas pessoas ficaram ao seu lado , olharam o telefone pendurado, sendo jogado de um lado ao outro, e nada fizeram a não ser ignorarem. Eu em dois momentos pensei em ir colocá-lo no lugar, mas pensei que “observar os comportamentos daquelas pessoas ali mais próximas seria mais enriquecedor enquanto Cientista Social” do que prontamente ir devolvê-lo para sua base . Claro, que se ninguém tivesse ido mesmo, após eu esperar lá seus vários minutos e vários passageiros que o viram e nada fizeram, sendo que meus nervos já estavam na expectativa e revoltosos para ir arrumá-lo, eu teria ido.
Finalmente um passageiro que havia embarcado no ônibus timidamente olhou pro telefone pendurado, olhou pros lados, pouco a pouco foi aproximando-se e o colocou no lugar. Muito bem!!!! Uma pessoa consciente também. O telefone ali é um aparelho público de bem a todos reciprocamente. Não é possível que as pessoas tratem aquilo como se não fossem delas também. Umas 6 pessoas olharam e fizeram de conta que não tinha valor. Mais considerações, a cargo dos que lerem esse texto.
Viamão, 3 de setembro de 2008.
Agora alguns ônibus do transporte público em Porto Alegre possuem telefones públicos agregados aos ônibus dentro dele. Num dos buracos da Av. Ipiranga, o tropique que o ônibus deu fez o telefone desprender-se da sua base e ficou pendurado. As primeiras duas pessoas que estavam no seu lado, olharam e olharam e fizeram de conta que não tinham visto o aparelho pendurado e o deixaram ali.
Logo em seguida, outras duas pessoas ficaram ao seu lado , olharam o telefone pendurado, sendo jogado de um lado ao outro, e nada fizeram a não ser ignorarem. Eu em dois momentos pensei em ir colocá-lo no lugar, mas pensei que “observar os comportamentos daquelas pessoas ali mais próximas seria mais enriquecedor enquanto Cientista Social” do que prontamente ir devolvê-lo para sua base . Claro, que se ninguém tivesse ido mesmo, após eu esperar lá seus vários minutos e vários passageiros que o viram e nada fizeram, sendo que meus nervos já estavam na expectativa e revoltosos para ir arrumá-lo, eu teria ido.
Finalmente um passageiro que havia embarcado no ônibus timidamente olhou pro telefone pendurado, olhou pros lados, pouco a pouco foi aproximando-se e o colocou no lugar. Muito bem!!!! Uma pessoa consciente também. O telefone ali é um aparelho público de bem a todos reciprocamente. Não é possível que as pessoas tratem aquilo como se não fossem delas também. Umas 6 pessoas olharam e fizeram de conta que não tinha valor. Mais considerações, a cargo dos que lerem esse texto.
Viamão, 3 de setembro de 2008.
Comentários
Excelente atitude de cientista social a sua. Acho que além do individualismo há também a questão da desvalorização do bem público no Brasil hoje. Nãovou entrar em detalhes, mas depois procure observar seu olhar de cientista social e observe o estado de praças, ruas e outros locais públicos em comparaçãocom shoppings e locais de consumo.
Mais uma vez ótimo texto!
Fica dada a dica...
Beijos do Planalto
Abraços Guga!!!!!
Muito bom teu exemplo, só acrescenta nosso debate.
BEijossssssssssssssssssssss